sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O POKÉMON E A PUREZA DAS INSTITUIÇÕES

O assunto é Pokémon, mas coloquei imagem da Equipe Rocket porque acho eles legais pra caramba.

         Certa vez há alguns anos assisti um episódio de Pokémon, onde não me lembro em que contexto os pokémos da Equipe Rocket (vilões) e os da turma do Ash (mocinhos) se perderam de seus respectivos treinadores. Àquela altura, embora tenham se confrontado incontáveis vezes em batalha, os pokémons precisaram se unir em favor da sobrevivência. Sentados em redor de uma fogueira, começaram uma interessante conversa, onde os pokémons “vilões” explicaram aos demais que não eram maus por natureza, apenas obedeciam às ordens da Equipe Rocket.
        Trazendo essa ideia para o mundo real, serve como exemplo simples a muitos casos. Partidos políticos, igrejas, empresas, autarquias, dentre outras pessoas jurídicas são como os pokémons: Nascem puros!
        Independente de sua orientação política, o PT não tem “culpa” dos mensaleiros. Independente de sua orientação religiosa, a igreja não tem “culpa” por pastores pilantras ou padres pedófilos. A corrupção é dos indivíduos, não das instituições.
        A opinião pública (VOX POPULI, VOX DEI) é facilmente induzida a generalizar comportamentos, e atribuí-los às instituições. E isso ocorre porque o comum, o cotidiano, não chama atenção, não é notícia. A exceção sim. Não veremos nos jornais notícias como “igreja tal realiza ação social tal a tantos anos”. Ou pelo menos, não com o mesmo destaque dispensado a notícias como “pastor é preso por motivo tal!”. Notícias boas não vendem. Exaltar o comum, menos ainda. O que vende é a exceção.
        A esta altura do texto alguns leitores devem estar pensando que sou louco. Defender que as instituições são puras, que a corrupção (maldade) é exceção e que é comportamento individual pode soar como ingenuidade de minha parte. Mas observem a sua volta, em seu meio de convivência. Quantos ladrões, estupradores, assassinos você conhecem pessoalmente? Até pode responder que existem alguns, mas comparem, em números absolutos, com a quantidade de pessoas ordeiras que lhe rodeiam. E quanto às instituições, bem como os pokémons, não são más por natureza, mas sim os indivíduos que as compõem.
        O mundo não é essa bosta que querem nos fazer acreditar. As coisas boas estão aí, em nossa frente, basta observar. 


David Justo

2 comentários:

  1. Meu segundo post preferido até agora! Queria que alguns teóricos do caos absoluto que eu conheço enxergassem o mundo dessa forma também. Meu Facebook iria ficar bem menos poluído rsrs

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